Trilhos Pedestres
"Na Senda de Miguel Torga"
(08/11/2008)
(Inserido nas comemorações do dia de S. Martinho)
Moinhos de Sta. Isabel do Monte
Terras de Bouro
(Inserido nas comemorações do dia de S. Martinho)
Moinhos de Sta. Isabel do Monte
Terras de Bouro
Sta Isabel do Monte está situada a dez quilómetros da Vila de Terras de Bouro, localizada pela casa de Bernardos, recuperada e adaptada ao turismo para um espaço rural.
É uma aldeia de estilo rural bem conservada, que durante muitos anos foi uma das mais isoladas do conselho. Tal como para outras povoações vizinhas, o único acesso era pedestre ou a cavalo, por um estreito caminho de terra pelo meio da serra escarpada, vales e planaltos. Para melhorar a qualidade de vida deste concelho, só cerca dos anos setenta é que as estradas pavimentadas e os cabos eléctricos, começaram gradualmente a rasgar a vasta variedade de flora. Alguma provavelmente única em todo o planeta, devido aos vários microssistemas próprios desta região. Uma densa vegetação de mato, codesso, giesta, urze, feto... e árvores de grande porte: carvalho, pinheiro, faia, vidoeiro, azevinho... Mas invadindo o território e a tranquilidade de igual riqueza em animais selvagens e domésticos, que curiosamente pastam em liberdade. É comum ao entardecer, presenciar ao longo das estradas vacas, ovelhas, cabras, porcos e galinhas, que voluntariamente começam a recolher, calmas e serenas.
Uma terra de muitos lameiros e fértil para a colheita de batata, couve galega, feijão, milho, centeio e vinho. Os campos dos Abades.
A sua economia era reforçada pelas minas de quartzos, exploradas na parte do monte voltada o Mosteiro da Sra da Abadia e Sta Maria de Bouro. Actualmente interditas.
É uma aldeia de estilo rural bem conservada, que durante muitos anos foi uma das mais isoladas do conselho. Tal como para outras povoações vizinhas, o único acesso era pedestre ou a cavalo, por um estreito caminho de terra pelo meio da serra escarpada, vales e planaltos. Para melhorar a qualidade de vida deste concelho, só cerca dos anos setenta é que as estradas pavimentadas e os cabos eléctricos, começaram gradualmente a rasgar a vasta variedade de flora. Alguma provavelmente única em todo o planeta, devido aos vários microssistemas próprios desta região. Uma densa vegetação de mato, codesso, giesta, urze, feto... e árvores de grande porte: carvalho, pinheiro, faia, vidoeiro, azevinho... Mas invadindo o território e a tranquilidade de igual riqueza em animais selvagens e domésticos, que curiosamente pastam em liberdade. É comum ao entardecer, presenciar ao longo das estradas vacas, ovelhas, cabras, porcos e galinhas, que voluntariamente começam a recolher, calmas e serenas.
Uma terra de muitos lameiros e fértil para a colheita de batata, couve galega, feijão, milho, centeio e vinho. Os campos dos Abades.
A sua economia era reforçada pelas minas de quartzos, exploradas na parte do monte voltada o Mosteiro da Sra da Abadia e Sta Maria de Bouro. Actualmente interditas.
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Cada lugar revela um património rural típico das aldeias de montanha, preservado num ambiente acolhedor de onde sobressai uma harmonia natural e perfeita que distingue esta paisagem das demais existentes na região.
O objectivo deste trilho é percorrer as estruturas que são parte integrante do ciclo do pão: os-moinhos-de água, os espigueiros, as sequeiras e eiras, os socalcos de milho e centeio e o sistema de rega tradicional. Acresce , ainda, as manchas de carvalhos, os ribeiros e as levadas, cravadas numa paisagem serrana e campestre que atribui ao trilho um valor rural de excelência. Para completar o percurso, a novidade estará na Exposição patente na Escola do Monte na qual a masseira, o grão de milho e centeio transformados em farinhas e por fim, as deliciosas broas, preservam vivamente os costumes e as tradições do povo da aldeia. "
Inicio em Campos de Abades, Sta. Isabel do Monte.
Tinha-lhe chamado (Rio de Asnos), não sei o porquê, mas mesmo agora sabendo que não está assim identificado, vou manter esse nome.
(29 Moinhos de água de rodízio recuperados).
A maior parte dos moinhos ou estavam em ruínas ou já não estavam em funcionamento. São movidos pelas correntes das águas dos ribeiros, servem para moer os cereais e transformados em farinha, para depois cozer a tão famosa e deliciosa broa de milho, sendo este um alimento muito importante na alimentação dos agricultores.
O rodízio de roda horizontal formado por eixo, onde estão encaixadas as penas que são movimentadas pela Água. O rodízio trabalha horizontalmente, o veio vai directo do rodízio às mós, pelo que não necessita de qualquer tipo de engrenagem ou carretos como nos moinhos de rodízio vertical, roda ou azenha.
A força da pouca água, que transforma o grão em farinha...
Lentamente o grão cai no centro de uma mó de pedra mole que o esmaga gradualmente sobre uma outra de pedra dura.
(O ditado popular diz que "Duas pedras duras, não fazem farinha").
Continuamos o percurso de moinho em moinho ao longo do Ribeiro. Património de varias famílias desta aldeia.
(Cada moinho tomou-lhe o nome de família).
Pequenos Sapos, os jardineiros deste Belo Jardim. Dizem que prevêem as chuvas quando se deslocam em direcção às partes altas das chãs.
(Mais um ditado popular.)
Moinhos... como santuários eremitas, edificados no seio de densas e escarpadas montanhas. Como será visitar estes lugares depois do entardecer!?
Qualquer lugar deste trilho, parece tirado de um conto de fadas... Hoje, até o "capuchinho vermelho" vagueou destemido pelo meio da floresta.
Ao longo de todo o percurso fomos gratificados com varias espécies de fungos e cogumelos comestíveis.
Na tranquilidade e silêncio das montanhas, só éramos surpreendidos com harmoniosos quadros.
Numa lagoa de sonhos... A onde até o musgo é bem nutrido.
Apesar da chuva e nevoeiro, a satisfação, bem espelhada nos rostos gelados.
Para vedar uma passagem, não é preciso mais que uma cancela com quatro tábuas de madeira...Apesar da chuva e nevoeiro, a satisfação, bem espelhada nos rostos gelados.
E quando a fome aperta.. a natureza sacia com belos frutos silvestres. Amoras...
Constantemente podíamos contemplar Esculturas criadas pela Natureza e pelo Tempo.
Na Aldeia de Campos de Abades.Sta Isabel do Monte:
(As Alminhas)
As Alminhas são pequenos e simples monumentos de devoção religiosa e culto às Almas. Construídas quase sempre junto aos caminhos.(Cruzes e Cruzeiros)
Espigueiros ou Canastros, são pequenas construções, geralmente feitas em pedra e madeira, cobertos com lages de pedra e os mais recentes com telha. Utilizados para guardar e secar as espigas do milho.(Cabra Montês do Gerês)
(A última Cabra Montês do Gerês extinta que pertencia à subespécie (Capra pyrenaica lusitânica), "foi capturada pelo pessoal florestal em 20 de Setembro de 1890, em Albergaria, sendo remetida à Direcção Geral da Agricultura", segundo escritos de Tude Martins de Sousa de 1909.) Dando lugar à presença da actual cabra selvagem vinda da Galiza, um ser herbívoro, que come cerca de vinte quilos de ervas, flores e folhas, pelo que não ameaça os animais domésticos.A que agora vemos em liberdade pode ser considerada de uma (capra pyrenaica hispanica) ou
cabra selvagem, por pastar livremente tal como a maioria dos animais domésticos desta região.
(Igreja de Sta.Isabel do Monte.)
Fim do percurso.
Escola do monte em recuperação. (Centro Interpretativo).
Contemplar as montanhas cobertas de um nevoeiro intenso, uma chuva miudinha... que em qualquer outra situação seria um incomodo. Ali, nada parecia perturbar o encanto deste "Paraíso Minhoto".
(Igreja de Sta.Isabel do Monte.)
Fim do percurso.
Apesar de ter sido uma caminhada feita num dia de um denso nevoeiro, frio e chuva... Fiquei mais que motivada a percorrer o mesmo e outros trilhos desta Serra, num belo dia de sol. Certamente que, as cores serão mais nítidas, as formas e as texturas mais definidas, os frutos com sabor mais intenso... todo o percurso e a aldeia terá mais vida.